Difícil acreditar que um livro, que é narrado pela morte, possa ser tão emocionante e belo, capaz de tocar os corações de uma maneira profunda e nos mostrar vários sentidos da vida.
“A Menina que Roubava Livros”, me chamou atenção primeiramente pela a capa e logo depois de ler a sinopse, fiquei ainda mais curioso. A história do livro se passa na época do Holocausto, onde o terror da guerra assombrava a muitos, a protagonista Liesel Meminger é uma garota que desde pequena, aprende a encarar a dura realidade da vida e perda dos entes queridos, primeiro por ter visto a morte do irmão no colo da mãe e depois por ter sido deixada com estranhos por ela.
A morte do seu irmão lhe deu algo que salvaria a sua vida naqueles tempos de terror no meio da guerra, o homem que enterrara o seu irmão deixou cair o primeiro livro de vários que Liesel roubaria com um título não muito sugestivo O Manual do Coveiro. A busca pelo conhecimento fez com que ela começasse a sua coleção de livros roubados, que assim por diante lhe dariam o sentido da vida. Além de ser narrado pela a morte e ter como protagonista principal Liesel Meminger, o livro tem muitos personagens marcantes que deixarão marcas na memória de todos aqueles que tiverem a oportunidade de lê-lo.
O livro é maravilhoso, emocionante, triste e inspirador, mostra que a força das palavras podem nos alegrar, entristecer, condenar, mas principalmente salvar e nos tirar de uma situação que acharíamos que não poderíamos sair.
Este livro e a sua protagonista Liesel Meminger, nos mostra muitas lições e nos emociona diversas vezes, mas estas diversas lições e emoções, somente os que saborearem as páginas deste excelente e maravilhoso livro é que poderão senti-las.
Segue abaixo sinopse do livro:
Sinopse - A Menina que Roubava Livros - Markus Zusak
Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a Morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em "A Menina que Roubava Livros", livro há mais de um ano na lista dos mais vendidos do "The New York Times".
Desde o início da vida de Liesel na Rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade desenxabida próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido da sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona de casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, "O Manual do Coveiro". Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro de vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes.
E foram estes livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte. O gosto de roubá-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seria mais tarde aplicada ao contexto a sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar.
Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal. Mas só quem está ao seu lado sempre e testemunha a dor e a poesia da época em que Liesel Meminger teve sua vida salva diariamente pelas palavras, é a nossa narradora. Um dia todos irão conhecê-la. Mas ter a sua história contada por ela é para poucos. Tem que valer a pena.