Por que não podemos esperar - Martin Luther King Jr. - Faro Editorial!!

 

Sinopse:

É importante entender a história que está sendo feita hoje, porque ainda há mais por vir, porque a sociedade americana está perplexa com o espetáculo do negro em revolta, porque as dimensões são vastas e as implicações profundas.

PALAVRAS PROFERIDAS EM 1964…

Em 1963, no Alabama, talvez o estado com maior segregação racial nos Estados Unidos, uma campanha lançada por Martin Luther King demonstrou ao mundo o poder da ação não-violenta.

Neste livro, lançado em 1964, o vencedor do Prêmio Nobel da Paz narra esses eventos, traçando a história da luta pelos Direitos Civis nos últimos três séculos mas olhando para o futuro, avaliando o trabalho que precisava ser feito para a igualdade de direitos e oportunidades aos negros e a seus descendentes. Trata-se de uma análise eloquente dos fatos e pressões que impulsionaram o movimento dos Direitos Civis até as marchas públicas que tomaram as ruas naquela época e inspiram as de nosso tempo.

Mais de cinco décadas após sua morte, as palavras de Luther King se mostram atuais para o mundo. No livro, o autor descreve os acontecimentos cruciais que impulsionaram a campanha pela justiça racial, oriunda de um movimento nascido em balcões de lanchonetes e reuniões de igreja, mas que se fez ressoar em todo o planeta.

Por que não podemos esperar é um manifesto único, um testemunho histórico e também um alerta.

Resenha:

Sabemos que Martin Luther King Jr. foi um líder importante e já vimos diversas vezes o clipe do seu comovente discurso “Eu tenho um sonho”. Mas, a menos que aprendamos sobre os eventos e pessoas que participaram do movimento em si, não sabemos o resto da história.

O livro foi publicado pela primeira vez em 1964 e dá aos leitores uma visão sobre este momento divisor de águas na história americana, por uma pessoa muito influente e de princípios, em essência é uma cápsula do tempo literária para o ano de 1963.

Este livro conta a história do Movimento pelos Direitos Civis, especialmente os eventos do ano de 1963, expondo a tensão entre os princípios democráticos da América e seu histórico real, uma história repleta de escravidão. Ele se concentra nos eventos em Birmingham e inclui a “Carta de uma Cadeia de Birmingham”. Martin Luther King explica quais eram seus objetivos, que filosofia os guiou, quais táticas de ação direta por meio da não-violência eles empregaram e quais foram os resultados. Ele faz um trabalho magistral de levar o leitor consigo, razoavelmente lidando com as objeções que surgem naturalmente e persuadindo, sempre persuadindo.

Existe poder nas palavras.

Por que não podemos esperar é diferente pelo fato de que essas não são simplesmente palavras no papel. Ele foi um dos maiores oradores de nosso tempo; suas palavras são uma história viva, por meio delas, podemos, pelo menos em parte, experimentar as profundas realidades da luta pelos direitos civis e a visão e esperança de igualdade para todos os americanos, independentemente de raça, cor, religião, sexo e nacionalidade.

Uma das partes mais interessantes deste livro foi a maneira como o Martin Luther King uniu sua fé com sua ação, as duas coisas estão entrelaçadas. O livro termina com a avaliação de King sobre o que ainda precisa ser mudado e o que isso poderia custar nos dias que viriam. Sua conversa sobre assassinatos parece quase profética, dados os eventos de 1968.

Achei o livro inspirador, desafiador, perspicaz e útil, mas mostra o que pode ser feito se as pessoas se levantarem por liberdade e justiça para todos, sem sombra de dúvidas é uma leitura obrigatória.

 

“A defesa detalhada de Martin pode ser resumida em uma linha poética: “Injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todos os lugares.” Página 15.

Trilha sonora da resenha:

Sobre o autor:

Martin Luther King , Jr. (Atlanta, 15 de janeiro de 1929 — Memphis, 4 de abril de 1968) foi um pastor protestante e ativista político estado-unidense. Tornou-se um dos mais importantes líderes do activismo pelos direitos civis nos Estados Unidos e no mundo, através de uma campanha de não-violência e de amor para com o próximo. Se tornou a pessoa mais jovem a receber o Prémio Nobel da Paz em 1964, pouco antes de seu assassinato. O seu discurso mais famoso e lembrado é "Eu Tenho Um Sonho".