Willa, uma das últimas fadas das montanhas, percebe
a grande ameaça sobre as florestas e a todos que lá vivem.
Um grupo de humanos, armado de máquinas enormes e
muito poderosas, começa a derrubar árvores e a destruir tudo o que encontra
pelo caminho, e ela se vê incapaz de detê-los.
Então ela descobre um lugar onde vivem criaturas
estranhas e assustadoras, e pensa que libertar esses seres pode afastar os
humanos e impedir a destruição de seu lar.
Mas, e se as criaturas promoverem outros danos? A
cada descoberta, Willa se vê entre escolhas extremamente difíceis e
consequências ainda mais desafiadoras.
Resenha:
Willa é uma jovem Faeran que vive agora com o seu pai humano Nathaniel e a sua irmã Hialeah em uma cabana na floresta, sua nova família se preocupa com as grandes Montanhas Fumegantes, a floresta, as antigas árvores e os rios sinuosos tanto quanto ela, mas infelizmente os madeireiros continuam tentando conseguir acesso às terras do seu pai para poder cortar mais árvores e passar uma linha de ferro por elas Nathaniel, tornou-se uma voz de liderança contra a destruição, mas acaba se tornando um alvo deles. Um dos madeireiros acusa o pai de Willa de ter assassinado o irmão dele, Nathaniel se entrega sendo levado para a cidade vizinha para ser interrogado e provar sua inocência, agora, Willa e sua irmã Hialeah vão tentar descobrir o que realmente aconteceu e quem são os responsáveis por esses assassinatos.
Ao mesmo tempo, Willa acaba descobrindo um lugar na floresta que ela nunca viu, uma parte sombria, um lugar que se tornou hostil com o ataque de criaturas estranhas e frias. Ela também acaba conhecendo Adelaide, que logo vira a sua amiga e vai ajudar ela e a sua irmã Hialeah, a salvar não só Nathaniel, mas também a floresta e desvendar o mistério da floresta sóbria e suas criaturas misteriosas e mortais, mas quando a luta pela montanha chegar, será que eles vão ter força suficiente para resistir à todas essas ameaças e finalmente ter a chance de salvar o lugar que amam para sempre?
Nesse segundo volume o autor Robert Beatty conseguiu deixar a trama ainda melhor, não é apenas a escrita, ele aborda alguns temas realmente importantes, a conservação da natureza é obviamente um grande problema, para Willa, que pode ouvir as árvores e sentir suas almas, cortá-las é nada menos que um assassinato, ela chora por cada árvore, é claro, mas também pela magia da floresta que morre com elas. Outro ponto interessante é mostrar que se as árvores morrem, os animais morrem e ocorre todo um ciclo de morte, desta maneira Willa percebe que os humanos também fazem parte da cadeia, quer ela goste ou não, as coisas que eles fazem hoje decidirão o que acontecerá amanhã, essa é uma mensagem linda mensagem que o autor transmite para os jovens leitores.
E os laços também são bem abordados, Willa foi adotada por uma família humana, mas às vezes ela ainda questiona seu lugar nela, ser uma irmã é difícil, e ela nem sempre concorda com sua irmã humana, no entanto, ambas compartilham um profundo amor por seu pai, e em nenhum momento Willa é tratada como se ela não tivesse um lugar nesta família, e que mesmo que ela possa questionar isso, como as crianças adotivas costumam fazer, sua família não o faz.
A magia desempenha um papel importante na história de ambos os livros, mas nesse, Willa aprende mais, a magia dela é tão maravilhosa quanto perigosa, e podemos ver os dois lados disso neste livro, a magia é o que ela faz, e ela consegue escolher qual direção seguir, seja para o bem ou para o mal, o equilíbrio disso tudo foi atingido muito bem neste livro, com certeza essa série vai agradar os leitores de todas as idades.
Trilha sonora da resenha:
