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  • A tulipa negra - Alexandre Dumas - Editora FTD !!

     

    Sinopse:

    A ação se passa na Holanda, no século XVII, mais precisamente entre o início de 1672 e maio de 1673. Injustamente acusado de traição, Cornelius van Baerle, médico e cultivador de tulipas, é preso.

    Apaixona-se por Rosa, a bela filha do carcereiro, e esse amor quase impossível se entrelaça com outro feito também quase impossível: a produção de uma tulipa negra, desafio proposto pela Associação Hortícola de Haarlem, que oferece como prêmio a vultosa quantia de cem mil florins.

    Dumas entrelaça fatos históricos (como o assassinato dos irmãos De Witt e a especulação econômica em torno da tulipa) com uma história de amor e aventura.





    Resenha:


    O romance tem início em 1672, um ano marcado por intensas convulsões políticas na República Holandesa. Os irmãos João e Cornélio de Witt, influentes republicanos que governaram o país por anos, são brutalmente acusados de traição pelos partidários do príncipe Guilherme de Orange. À medida que a tensão cresce, ambos acabam sendo linchados por uma multidão enfurecida, num episódio violento que representa uma reviravolta histórica na política holandesa.

    Nesse contexto conturbado, conhecemos Cornelius van Baerle, um jovem abastado, culto e apaixonado pelo cultivo de tulipas. Morador da pacata cidade de Dordrecht, ele é afilhado de João de Witt e dedica sua vida ao sonho de criar a primeira tulipa negra perfeita — um feito que renderia não apenas glória, mas também uma recompensa de cem mil florins, oferecida ao vencedor de um concurso nacional.

    No entanto, Cornelius ignora o perigo que se aproxima. Seu vizinho, Isaac Boxtel, um homem mais velho e igualmente fascinado por tulipas, inveja profundamente o talento e o sucesso do jovem. Tomado pela inveja, Boxtel não mede esforços para destruí-lo. Ao observar uma visita de João de Witt à casa de Cornelius — ocasião em que documentos importantes são entregues ao afilhado — Boxtel vê sua oportunidade de vingança. Utilizando antigas correspondências entre Cornelius e os irmãos de Witt, ele o acusa falsamente de traição.

    Cornelius é então levado a Haia, onde é julgado de forma injusta e condenado à prisão na fortaleza de Loevestein. Ainda assim, nem mesmo a prisão consegue afastá-lo de seu grande sonho: cultivar a tulipa negra. Antes de ser preso, ele consegue esconder os preciosos bulbos da flor, frustrando as tentativas de Boxtel de roubá-los. Ciente disso, Boxtel muda-se para a mesma cidade, decidido a pôr as mãos nos bulbos a qualquer custo.

    Na prisão, Cornelius conhece Rosa Gryphus, filha do carcereiro. Diferente do pai, Rosa é gentil, sensível e inteligente. Ele a ensina a ler e, com o tempo, compartilha com ela sua paixão pelas tulipas. Rosa se encanta tanto pelo cultivo quanto por Cornelius, e passa a cuidar dos bulbos com carinho e dedicação. Conforme o relacionamento entre eles floresce, Rosa se torna sua maior aliada e protetora — tanto dos bulbos quanto de sua esperança.

    Com Cornelius condenado à morte, ele confia a Rosa o cuidado da tulipa negra, na esperança de que ela participe do concurso em seu lugar. Enquanto isso, Boxtel tenta se aproximar de Rosa e de seu pai, usando de astúcia para descobrir o paradeiro da flor. A tensão aumenta: será que Rosa conseguirá proteger a tulipa negra e salvar o homem que ama?

    Apesar de ser menos conhecida que outras obras de Alexandre Dumas, A Tulipa Negra é uma fascinante combinação de romance histórico, intriga e suspense. Com uma narrativa envolvente, o autor constrói uma história sobre perseverança diante da corrupção, a linha tênue entre obsessão e paixão, e o poder redentor do amor. Rosa emerge como uma personagem feminina forte e decisiva, quebrando estereótipos com sua coragem e inteligência.

    Com enredo bem amarrado, personagens cativantes e uma ambientação histórica rica, a leitura é fluida e profunda. O livro trata de temas como política, inveja, injustiça, paixão, esperança e redenção — e ainda nos faz refletir sobre o que realmente vale a pena cultivar na vida.

    Recomendo fortemente essa leitura sensível e inspiradora a todos que apreciam uma boa história com emoção, crítica social e beleza literária.


    Trechos marcantes de A Tulipa Negra:

    • “Um homem não é nada sem seus sonhos.”

    • “Na política, meu caro amigo, você precisa odiar as pessoas antes que elas o odeiem.”

    • “O amor e as flores precisam de tempo para florescer.”

    • “Quem semeia ódio colherá vingança.”

    • “Na prisão mais escura, a esperança é a única luz.”

    • “Uma tulipa é mais do que uma flor; é uma obra de arte.”



    Trilha sonora da resenha:





    1 comentários :

    1. Já li esse livro, por essa edição mesmo da FTD, e gostei muito! Acabou por se tornar um dos meus livros favoritos. É um romance doce, suave, um pouco sofrido, como eu gosto. A sua resenha traz informações importantes que eu não tinha notado antes quando li ou que eu já não me lembrava mais desde que li o livro.

      ~Cartas da Gleize. 💌💕

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