
Bem-vindo
ao mundo único de Doggerland! Uma nação formada por grande extensão de terras,
hoje, a maior parte submersas, das quais restaram apenas três ilhas, localizada
em algum lugar entre o Reino Unido e os países nórdicos. É lá que Maria
Adolfsson cria o cenário perfeito para uma história arrebatadora.
Na manhã
seguinte ao grande festival das ilhas de Doggerland, norte da Escandinávia, a
detetive Karen Hornby acorda em um quarto de hotel com uma ressaca gigantesca,
mas não maior que os arrependimentos da noite anterior. Na mesma manhã, uma
mulher foi encontrada morta, quase desfigurada, em outra parte da ilha. As
notícias daquele crime abalam a comunidade. Karen é encarregada do caso, algo
complexo pelo fato de a vítima ser ex-esposa de seu chefe. O homem com quem
Karen acordou no quarto de hotel... Ela era o seu álibi. Mas não podia contar a
ninguém. Karen começa a seguir as pistas, que vão desenrolando um novelo de segredos
há muito tempo enterrados. Talvez aquele evento tenha origem na década de
1970... Talvez o seu desfecho esteja relacionado a um telefonema estranho,
naquela primavera. Ainda assim, Karen não encontra um motivo para o
assassinato. Mas, enquanto investiga a história das ilhas, descobre que as
camadas de mistérios daquelas terras submersas são mais profundas do que se
imagina.
Resenha:
A
inspetora-detetive Karen Eiken Hornby acordou com uma tremenda ressaca no dia
seguinte ao Festival da Ostra, o maior evento das ilhas de Doggerland, o
festival anual começava no porto, onde os habitantes da região e turistas se
amontoavam em torno dos quiosques. Na noite anterior, Kore, Eirik, Marike e
Karen seguiram com a comemoração noite adentro, com a turnê habitual pelos
bares, vários copos de vinhos e muitas ostras, mas pior do que acordar de ressaca é acordar ao lado do seu chefe no
Departamento de Investigação Criminais, Jounas Smeed, e por incrível que pareça, ela não gostava
dele.
O
Festival da Ostra sempre abria caminho para um passo em falso, um deslize
sexual seguido de um arrependimento ou, nos piores casos, de divórcio, mas Karen
não consegue se lembrar de uma ocasião que a tivesse deixado tão arrependida
quanto agora. Ela praticamente não lembra de quase nada da noite anterior, o
porto com os amigos, os bares, muitas ostras e um copo de vinho atrás do outro,
depois uma imagem nebulosa de Jounas Smeed, que havia aparecido de madrugada, por
isso ela sai do Hotel Strand sem se despedir do Jounas, e sabe que o relacionamento
dos dois depois de hoje não vai melhorar.
O que
Karen quer agora é ir para casa dormir e tentar esquecer tudo isso, assim
depois de algumas dificuldades para chegar na sua Ford Ranger, ela pega a autoestrada
rumo a sua casa, a qual chega, e depois de uma refeição dorme metade do
domingo, pois é desperta pelo som do seu celular que foi deixado na cozinha.
Irritada
ela sai cambaleando para pegar o celular, a ligação é do chefe de polícia Viggo
Haugen, eles não têm um relacionamento próximo de trabalho e num domingo ainda
por cima, as notícias com certeza não seriam boas, ele quer que Karen entre em
serviço imediatamente. Uma mulher foi encontrada morta na própria casa,
espancada até a morte e ele quer que ela se encarregue da investigação, um
pedido estranho pois o certo seria seu chefe Jounas que assumiria o caso, mas
para a sua surpresa a mulher morta é ninguém menos do que Susanne Smeed, a
ex-mulher do seu chefe a qual Karen estava fazendo sexo horas antes.
Assumir
essa investigação não vai ser nada fácil, pois além de Jounas Smeed ser o ex-marido
da vítima, ele agora é um suspeito, mas o problema é que Karen é parte do álibi
de Jounas e essa informação ninguém pode saber. Os atritos no trabalho são
constantes, Karen é responsável pelas investigações dos pelos crimes violentos
que ocorrem nas ilhas de Dogger, Heimö, Noorö e Frisel, com suas qualificações
sempre são questionadas, ainda mais por ser mulher, ela estava acostumada com
piadas e pequenas provocações.
Mas
apesar de suas desavenças com Jounas Smeed, Karen tem certeza de que ele não é o
assassino da sua ex-mulher, e vai provar sua inocência e espera não precisar
contar a ninguém o que aconteceu entre eles, mas essa não será uma tarefa fácil.
Karen é uma policial competente, mas também uma pessoa solitária que carrega
uma dor secreta, é uma protagonista comum e humana, que mora sozinha e pensa muito
sobre o rumo que sua vida tomou. Ela está chegando aos cinquenta anos, mas não
se vê tão velha, ainda assim, pensa muito em como seria sua vida se tivesse
feito outras escolhas e o destino tivesse tomado outros caminhos.
E
enquanto tenta descobrir o verdadeiro culpado, Karen acaba se deparando com
algo que aconteceu quarenta anos antes em uma comunidade hippie nos anos 70, mas
será que isso se encaixa com o evento atual?
Esse é o
primeiro livro da série Doogerland, e a autora Maria Adolfsson consegue criar
uma trama muito bem amarrada e cheia de segredos e reviravoltas, a história do
crime é contada principalmente no presente em terceira pessoa, com o autor
ocasionalmente voltando no ano de 1970, onde podemos conhecer mais da história
da ilha e dos seus habitantes, outros personagens como Karl Björken, Eval
Johannisen, Sigrid entre outros enriquecem ainda mais a trama que é cheia de
quebra-cabeças e mistérios.
As
descrições dos lugares são muito boas, mas o início da história é um pouco
lenta e pode não agradar a muitos leitores não acostumados com esse estilo de
escrita, mas depois de um certo momento vários acontecimentos fazem com que a
gente não queira largar o livro, assuntos como conflitos familiares e
relacionamentos são um dos temas que encontramos no livro e o machismo no ambiente
de trabalho é um assunto muito bem abordado na história, a capa do livro é bem
chamativa e a edição da Faro Editorial como sempre está incrível, para os fãs
do gênero esse é um livro imperdível.
Trilha sonora da resenha:
Sobre a autora:

Agora, autora em tempo integral, desenvolveu a série Doggerland, que está sendo publicada em mais de 18 idiomas e já alcançou a marca de 150.000 exemplares vendidos apenas na suécia.
Olá Felipe,
ResponderExcluirPode ler sem medo, muito bom livro.
Abraço!
Oi, tudo bem? Eu já conhecia este livro, no entanto ainda não o li. Eu particularmente gosto do gênero e este livro me agradará, caso o leia. Sua resenha ficou maravilhosa, adorei. Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Olá Luciano,
ExcluirTudo bem aqui, se gosta do gênero vai gostar muito do livro, fico feliz que tenha gostado da resenha,
Abraço,
Eu sempre fico inclinada a ler histórias do gênero onde há uma detetive do sexo feminino. Este livro está na minha lista lá da Amazon e eu só estou esperando aparecer uma promoção. Essa pequena ressalva quanto ao ritmo inicial não me incomodou, prezo mais pelo andar da carruagem como um todo. Espero gostar!
ResponderExcluirBeijos
- Tami
https://www.meuepilogo.com
Olá Tamires,
ExcluirTambém gosto muito quando os livros tem protagonistas femininas, tenho certeza que irá gostar do livro.
Beijos.
Um dos lançamentos mais desejados por mim. Sou fã de um bom thriller e mesmo com esse começo mais lento, acho que o enredo tem tudo para sim, ter se tornado uma história bem bacana.
ResponderExcluirSem contar que sou fã também do trabalho da Faro. A Editora é uma das que mais tem as letras confortáveis principalmente para mim, que tenho problemas de visão!!
Trilha sonora ímpar!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor
Olá Angela,
ExcluirSe você gosta do gênero tenho certeza que vai gostar desse livro, realmente a Faro Editorial arrasa nas sua edições, que bom que gostou novamente da trilha sonora.
Beijos!
Oie!
ResponderExcluirEu sou apaixonada pelas edições da Faro Editorial e desde que vi esse lançamento estou animada para devorar essa obra, ainda não li uma resenha negativa sobre, mesmo com a questão da lentidão de início.
beijos
http://estante-da-ale.blogspot.com/
Olá Alessandra,
ExcluirRealmente as edições da Faro são ótimas, tenho certeza que irá gostar desse livro.
Beijos.
Olá, Marco.
ResponderExcluirEu gostei muito desse livro. Não achei ele lento, mas é porque sou acostumada a livros nesse estilo. E não vejo a hora de publicarem os outros da série por aqui porque gostei muito da Karen.
Prefácio
Olá Sil,
ExcluirPara quem gosta do gênero e está acostumado com o estilo de escrita com certeza vai gostar desse livro, também quero logo a continuação;
Beijos!
Opa, tudo bem por aí?
ResponderExcluirConfesso que não conhecia a obra, porém, estou doido para ler depois de sua resenha haha. Só pelo mistério e pelo teor investigativo da história eu já fico com vontade de realizar a leitura. Adorei o mapa também (amo livros que vem com mapas haha)... Eu curto muito o gênero e acho que vou amar, então, muito obrigado pela indicação! Ah, inclusive, adorei conhecer o seu blog e já o segui, vou sempre dar uma passadinha aqui para conferir novos posts e comentar :)
Abraços!
Acampamento da Leitura
Olá Gleydson,
ExcluirSe gosta do gênero tenho certeza que vai gostar do livro, o mapa não vem, peguei na internet, fico feliz que gostou do blog e é sempre bem vindo aqui.
Abraço.
Nossa, olhando ali no mapa como é e a área que foi inundada, parece que a gente não conhece nada né? E eu só penso no frio, sempre. Muito legal o local da ambientação.
ResponderExcluirOie...
ResponderExcluirNossa eu vi várias resenhas desse livro e quis muito conhecer a história. E realmente a capa é bem chamativa. Amei a resenha.
Beijos
Lu
Blog OnlyLu
Oie...
ResponderExcluirNossa eu vi várias resenhas desse livro e quis muito conhecer a história. E realmente a capa é bem chamativa. Amei a resenha.
Beijos
Lu
Blog OnlyLu
Olá!
ResponderExcluirÉ sempre bom conhecer novas dicas de literatura policial. Achei o enredo bem interessante. A abordagem do machismo é um tema bem atual e necessário.
Abraço,
http://www.oguardiaodehistorias.com.br