A Flecha de Fogo - Leonel Caldela - Jambô Editora!

Sinopse:
Ele está chegando.

A profecia nos avisou que, com o eclipse, viria o Arauto da Destruição, tingindo os campos de vermelho. Ele já destruiu o Reino dos Elfos com seu exército de monstros. Só existe uma coisa que pode detê-lo, mas ninguém sabe o que é.
Passei minha vida toda estudando a profecia. Todos nós dedicamos cada minuto a tentar decifrá-la, em busca de uma arma, de uma esperança. Mas a última barreira caiu e ele está chegando.
A sombra da morte cobrirá nossos reinos, a menos que alguém responda a pergunta que nos atormenta desde o início.


O que é a Flecha de Fogo?

Resenha:

Séculos atrás uma profecia foi anunciada: Surgiria um conquistador sanguinário, que nasceria durante um eclipse. A civilização não conseguia imaginar alguém com potencial para tal, para todos os goblinoides eram apenas bestas desorganizadas, selvagens sem capacidade de ameaçar o reino dos humanos, dos elfos e dos anões, eram somente aliados de feiticeiros malignos. Então surgiu Thwor Ironfist, o Grande General, que conforme previsto na profecia, nasceu durante um eclipse, ele uniu todas as criaturas existentes, goblins, hobgoblins, bugbears, orcs, ogros, gnolls, kobolds, uma civilização de monstros, saiu conquistando todos os reinos, dos humanos do continente sul, destruiu o reino élfico de Lenórienn, lar da elfa Laessalya, avançou pelo Istmo de Hangpharstyth, derrubou a cidade-fortaleza de Khalifor e se postou às portas do continente norte.

Nada era capaz de deter Thwor Ironfist, ele era o escolhido de Ragnar, o deus da morte, mas na profecia existia uma única coisa que poderia pará-lo: A Flecha de Fogo. Algumas pessoas acham que seria uma pessoa, outros uma poderosa arma, uma peste ou talvez um grande inimigo, mas resposta está na profecia que ainda não foi decifrada e todos correm contra o tempo para descobrir esse mistério, ou todos serão condenados.

“Quando a sombra passar pelo globo de luz

Trazendo a vida que trará a morte

Terá surgido o emissário da dor

O arauto da destruição

Seu nome será cantado por uns

E amaldiçoado por outros

O sangue tingirá os campos de vermelho

Um rei partirá sua coroa em duas

E a guerra tomará a tudo e a todos

Até que a sombra da morte complete seu ciclo

E a flecha de fogo seja dispara

Rompendo o coração das trevas”

Corben é um jovem astrólogo, sacerdote que morava na cidade de Sternachten, situada no reino de Tyrondir, ao sul do Reinado, Sternachten era uma cidade de clérigos de Thyatis, o deus da ressurreição e da profecia, Corben vivia no Observatório da Pena em Chamas, observando os céus com os telescópios e outros instrumentos auxiliares, ele tenta a todo custo prever o futuro e quem sabe descobrir o que é A Flecha de Fogo. Naqueles dias, Lorde Niebling, um gnomo da Corte Imperial, visitaria a cidade e todos os observatórios, ele é referencia em astrologia e telescópios, nessa vista Corben é escolhido para levar adiante um estudo sobre a profecia, mas sua vida realmente muda quando a cidade é atacada, ele sobrevive e conhece Avran Darholt, um guerreiro que liderava a Ordem do Último Escudo, cujo principal objetivo era combater e acabar com Thwor Ironfist, mas essa não será uma tarefa fácil e durante a sua jornada Corben terá muitas decepções, descobertas, novas amizades e uma nova visão de tudo ao seu redor.

É a primeira vez que eu leio efetivamente alguma coisa desse universo de Tormenta, que está completando incríveis 20 anos, o pouco que eu conhecia era através do blog MultiversoX do meu amigo Ace Barros, quando digo que era pouco pode se dizer quase nada, mas confesso que com esse livro o meu interesse por esse universo só aumentou.

Outros amigos além do Ace Barros me indicaram os livros do autor Leonel Caldela, mas ainda eu não tinha tido oportunidade de comprar e ler nenhum livro, mas graças a parceria com a Jambô Editora esse dia chegou.

A história é incrível e o cenário criado pelo autor é fantástico, com batalhas épicas, vemos muita tensão, suspense numa trama cheia de reviravoltas. Muitos personagens surpreendentes e importantes surgem durante a história, quero destacar a bruxa Gradda, Maryx Corta-Sangue, uma guerreira hobgoblin muito famosa que tatua o seu corpo a cada vitória conquistada, o grande guerreiro Vartax, esposo de Marx, Ragnar, o deus da morte e até o fiel companheiro de Maryx, o Warg, um enorme animal meio lobo e meio morcego, dentre outros.

No decorrer da história vamos descobrindo qual a importância de Corben e o que realmente é a tão falada e esperada Flecha de Fogo, outra coisa muito interessante na trama foi conhecer o outro lado, o lado dos inimigos, a qual mostra uma visão totalmente diferente dessa guerra e deixa o leitor com uma pulga atrás da orelha, uma coisa muito bem abordada no livro é a questão do preconceito, mostrando como as pessoas julgam ou odeiam as outras sem de fato conhecer o outro lado, em certos momentos ficamos sem saber quem realmente é o vilão da história.

O livro é narrado em primeira pessoa, a leitura flui bem e quando já estamos ambientados com a história fica difícil de largar o livro, vale destacar o trabalho incrível de diagramação da Jambô Editora, a capa é um espetáculo a parte e as ilustrações na contra-capa são de tirar o chapéu, não vejo a hora de conhecer outras obras do autor e outras histórias do universo de tormenta, para os fãs de literatura fantástica esse é um livro indispensável.

Trilha sonora da resenha:

Sobre o autor:




Leonel Caldela é autor da Trilogia da Tormenta, série de romances no maior cenário de RPG nacional, escreveu O Caçador de Apóstolos, Deus Máquina e O Código Élfico, romances em universos próprios, além da trilogia A Lenda de Ruff Ghanor, inspirado no podcast Especial RPG criado pelo site Jovem Nerd. Leonel também escreve, edita e traduz livros de RPG pra editora Jambô. Mora em Porto Alegre, mas sua mente e coração costumam estar em outros lugares.
É considerado por grandes autores nacionais, como Roberto de Sousa Causo, como um dos maiores ou maior nome atual da literatura fantástica nacional e ganhou o título de "Bernard Cornwell brasileiro" pelo escritor Eduardo Spohr.

Leonel se declara influenciado por autores como Rubem Fonseca, Bernard Cornwell e Philip Roth.