O Senhor March - Geraldine Brooks - Editora Ediouro!

Sinopse:
Resgatando um dos personagens do clássico Mulherzinhas, de Louisa May Alcott, Geraldine Brooks conta neste livro a história do senhor March, marido e pai ausente que vê seus ideais se perderem após vivenciar as sanguinolentas batalhas da Guerra Civil americana. 
À medida que o Norte sofre uma série de derrotas inesperadas durante o primeiro ano da guerra, o senhor March se vê obrigado a abandonar a família para defender a causa da União. 
Essa experiência acaba ocasionando uma mudança brusca em seu casamento e em sua vida, e desafia suas mais profundas crenças. Comovente, este romance muito bem entrelaçado adiciona uma reflexão adulta para o romance otimista de Alcott.

Resenha:


Neste livro a autora Geraldine Brooks, utiliza um personagem do clássico Mullherzinhas de Louisa May Alcott, no qual eu já tive a grata oportunidade de ler, e confesso sevocês não leram Mulherzinhas depois de ler O Senhor March com certeza irão ler, e se á leram vão adorar esse livro também.

A história se passa na época da Guerra Civil norte-americana, e começa a ser contada em partes por cartas escritas pelo Senhor March para sua esposa e filhas, que em partes ele relata circunstâncias que ocorreram durante tudo aquilo que passou enquanto escrevia a carta.

Nas cartas ele evitava descrever os horrores da guerra e nos relatos nos detalha não somente estes horrores, mas também a sua vida, desde seu passado antes de conhecer a sua esposa até os últimos tempos antes de partir para a guerra.

É um livro que aborda muitas questões importantes, como a escravidão, a religião, a luta pela liberdade de todos os norte-americanos e pelo direito a todos de ler e escrever.
Duas partes interessantes dentre muitas que eu observei e quero relatar, o Senhor March tomou muitas atitudes para agradar a sua esposa, como dar toda sua fortuna para John Brown, que defendia uma causa no qual a sua esposa lutava, mas no momento que o livro começa a ser contado pelo ponto de vista da sua esposa vemos que ela não gostou daquela atitude e vemos que a falta de diálogo os levou a passar as necessidade que ocorreram.

Outro sim foi vê-la, falando em seu pensamento, uma critica a uma escrava com postura e linguajar refinado de madame que cuidava do seu marido, totalmente ao contrário dos ideais que defendia, mostrando que a guerra mudaria as suas vidas para sempre.
Não é necessária a leitura de "Mulherzinhas" para entender a história de "O senhor March", o romance que se esconde dentro de outro romance, emprestando alguns de seus personagens e situações, mas, nesse caso incomum, retornando ao livro principal uma vivacidade que a idade e a moda haviam minado, Margaret Marie, ou Marmee, sua esposa, assume grande parte da narrativa quando March fica perto da morte em um hospital de Washington, e sua voz recatada, porém voluntariosa, carrega toda a história.

Um livro excelente, apesar de algumas vezes a leitura ser um pouco lenta, podemos dizer que esse livro é Mulherzinhas ás avessas, vale a pena a leitura.

Trilha sonora da resenha:

Sobre a autora:


Geraldine Brooks é uma escritora e jornalista que cresceu nos subúrbios ocidentais de Sydney. Ela frequentou o Bethlehem College , uma escola secundária para meninas, e a Universidade de Sydney . Após a formatura, foi repórter no The Sydney Morning Herald e, depois de ganhar uma bolsa de estudos mudou-se para os Estados Unidos, completando o mestrado na Escola de Jornalismo da Universidade de Columbia, em Nova York, em 1983. No ano seguinte casou-se com o jornalista americano Tony Horwitz e se converteu ao judaísmo.
Seu primeiro romance, Year of Wonders (Ano de Maravilhas), publicado em 2001, tornou-se um best-seller internacional. Ambientada em 1666, a história mostra a batalha de uma jovem para salvar os aldeões e sua própria alma quando a peste bubônica repentinamente atinge sua pequena vila de Eyb, em Derbyshire.
Ela recebeu o Prêmio Pulitzer de ficção em 2006 por seu romance March, inspirado por seu gosto por Little Women, de Louisa May Alcott , que sua mãe lhe dera. Ela pesquisou o cenário histórico da Guerra Civil de Little Women e decidiu criar uma crônica do serviço na guerra para o "pai ausente" das meninas.