Sinopse:
A única história corajosa o bastante para perguntar: como
pode um homem obrigado a fazer o bem entregar‑se a tanta violência?
Owen, o bárbaro, foi
amaldiçoado: agora, ele deve fazer o bem pelo
resto de sua vida. seu compasso moral é um machado
de dois gumes sedento de sangue e com um probleminha com bebidas.
Juntos, os dois vagueiam pelo reino, condenados a socorrer
qualquer um que procure pela ajuda deles, evitando bruxas a todo custo.
E se tem algo que Owen odeia mais do que uma vida com
regras, são bruxas. Nossas boas‑vindas
a este mundo adoravelmente caótico, cheio de cabeças rachadas e sangue
esparramado.
Este é o mundo de Owen...
Resenha:
Owen era um guerreiro bárbaro. Ele conhecia os sucos ricos
da carne vermelha e do vinho picante em seu paladar, o abraço quente e a
exultação louca da batalha, quando as lâminas azuis flamejam e ficam vermelhas.
Ele viveu. Ele amou. Ele matou. E ele estava contente. Pelo menos, ele estava
satisfeito até que um trio de bruxas apareceu e deu a Owen uma escolha: uma
morte rápida e uma eternidade em um reino infernal povoado por todos os
inimigos que ele já matou, ou uma vida nos termos deles. Owen escolheu a vida e
desde então se arrependeu.
Owen está vinculado a uma arma inteligente, um machado
mágico, que não derramará sangue a menos que seja empunhado pela causa do bem.
Para piorar a situação, o cutelo é um bêbado malvado, que fica embriagado e
ranzinza depois de uma boa briga, e apenas Owen consegue ouvir sua voz.
Felizmente, pelo bem da sede de sangue de Owen, não faltam pessoas más que
precisam ser mortas e monstros que precisam ser mortos. É assim que Owen,
relutantemente, ajuda uma bruxa boa que precisa de ajuda para limpar seu
templo.
Como se pode imaginar pelo título, Bárbaro não é um título
para os fracos de coração. É sangrento, cruel. Às vezes, é absolutamente
horrível, nauseante e, para uma certa classe de pessoas, totalmente ofensivo.
Também é hilário e facilmente a melhor sátira dos quadrinhos tradicionais de
espadas e feitiçaria da atualidade.
O autor Michael Moreci trilha um terreno bastante percorrido
com seu roteiro, mas dá um toque único a um material que, de certa forma,
poderia ter se mostrado cansado ou banal. Outras séries cômicas de fantasia já
abordaram esses elementos da história antes, apresentando seus próprios heróis
taciturnos, cabeça-oca e relutantes com armas mágicas que são mais inteligentes
do que eles. O que diferencia essa história como única é que Owen, apesar de
todos os seus modos desagradáveis e brutais, é muito mais do que um músculo
burro.
Não é que ele não compreenda os costumes do homem civilizado,
ele simplesmente não tem paciência para se preocupar com a moralidade e
contenta-se, em deixar que outras pessoas se preocupem com isso, tornando tudo
ainda mais engraçado. A arte de Nathan
Gooden é apropriadamente visceral e corajosa, dado o assunto. Apesar disso,
surpreendentemente há pouco do excesso que se espera dos quadrinhos de fantasia
voltados para adultos. Isso quer dizer que a bruxa boa companheira de Owen está
vestida de maneira respeitável ao longo dos quadrinhos e não há nenhuma pose
forçada.
Esse primeiro volume de Bárbaro é classificado para maiores
de 18 e com razão, pois temos bastante nudez, conteúdo sexual e uma boa
quantidade de palavrões, além das cabeças e membros decepados, um padre malvado
sendo cortado ao meio e mais sangue e tripas do que um festival de filmes de
terror, os puritanos não aprovarão, mas os fãs da fantasia sombria vão adorar e
aguardar ansiosamente pelo segundo volume.
Trilha sonora da resenha: