Os Últimos Soldados da Guerra Fria

O escritor Fernando Moraes, conhecido pelos livros Olga e Chatô: O Rei do Brasil lançou recentemente o livro estilo reportagem Os últimos soldados da Guerra Fria, o livro fala dos agentes infiltrados por Cuba nos Estados Unidos em organizações anticastristas, buscando assim, evitar ataques terroristas ao território cubano.

Essas organizações faziam vários tipos de ataques à Cuba, desde sobrevoar, sem autorização o território cubano com aviões, jogando panfletos das organizações anticastristas, até atentados terroristas a hotéis e pontos turísticos. Uma história repleta de informações sobre a vida pessoal desses agentes infiltrados, que muitas vezes se tornam cansativas, mas que não deixam de ser muito interessantes.

O livro é cheio de revelações, e uma delas, que a meu ver é bastante relevante: Em 1998, Fidel Castro solicitou ajuda dos Estados Unidos em relação aos atentados terroristas que estavam ocorrendo contra Cuba, alertando que, se não fossem tomadas medidas para eliminar estes tipos de ações, o que estava ocorrendo naquele momento com Cuba, poderia futuramente acontecer com qualquer outro país; infelizmente isto acabou acontecendo com os Estados Unidos no fatídico 11 de setembro de 2001.

O livro é muito interessante, e nos leva a conhecer o cenário político de Cuba naquele período, assim também, nos ajuda a entender um pouco da relação entre Estados Unidos e Cuba.

Segue abaixo sinopse do livro:

Sinopse - Os últimos soldados da guerra fria - Fernando Morais

No início da década de 1990, Cuba criou a Rede Vespa,u m grupo de doze homens duas mulheres que se infiltrou nos Estados Unidos e cujo Objetivo era espionar alguns dos 47 grupos anticastristas sediados na Flórida.O motivo dessa operação temerária era colher informações com o intuito de evitar ataques terroristas ao território cubano. De fato, algumas dessas organizações ditas “humanitárias” se dedicavam a atividades como jogar pragas nas lavouras cubanas, interferir nas transmissões a torre de controle do aeroporto de Havana e, quando Cuba se revoltou para o turismo, depois do colapso da União Soviética, sequestrar aviões que transportavam turistas, executar atentados a bomba em seus melhores hotéis e até disparar rajadas e metralhadoras contra navios e passageiros em suas águas territoriais e contra turistas estrangeiros em suas praias.